sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

QUANDO A MAGIA NÃO QUER NOS ABANDONAR...







Quando o Sol se pôs naquele dia, certeza de querer viver ela já não mais tinha...
Ver Magia em todos os cantos, como um Ser Magico, ela já não mais queria...Sua vida mágica por instantes se perdeu, e a sombra do mundo humano em sua alma se abateu...e então por momentos de uma breve eternidade ela a descrença se rendeu...

Quando esperança e magia ela nada mais via, a busca pela banalidade era só o que ela queria...

Queria sossego para uma mente inquieta desde que a esse mundo chegou e nunca em nenhum lugar se encaixou...

Queria apenas olhar para as pedras e ver minerais e não ver todos os seres que aqui habitam como seus amigos iguais...

Queria poder dormir a noite e ter um sono que não se explica, queria não sonhar e talvez nunca mais acordar...

Quando tudo perdido parecia, eis que em meio a multidão ele surgia...

Mostrou a mão e a olhou profundamente nos olhos e nos olhos cor do coração humano que ele mostrou, a magia atras de Belos ossos ela reencontrou...
A sinceridade que dele saia, era tão genuína que nela nada doía, muito pelo contrario, quando em francas e duras palavras ele o coração para ela abriu, o amor dela por aquele ser feérico ali surgiu...
A Magia ele pacientemente para ela novamente mostrou, assim como em seus braços a acolheu e a cuidou...
Sabia ele do pouco tempo que teriam juntos, mas para ela, ele prometeu que seria diferente e que por ela lutaria e até uma forma de mantê-los para sempre juntos, como em seu intimo ela tanto queria...ele descobriria...
E assim ela o amou, amou seus espinhos, seu manto negro, seu humor sarcástico, e suas duras e verdadeiras palavras, amou sua aparência para muitos mal compreendida, seu tom de voz ora doce e ora tenebroso, amou seu meu melhor lado, mas amou ainda mais o seu pior...pois sempre que ele precisou mostrar o seu pior, foi por amor a quem lhe devolveu o que há de melhor...
E acima de tudo, ela amou o amor dele por ela...

A Chuva e o Trovão

Ela era a Chuva e adorava se fazer presente...
E aguardava ansiosa pelo Trovão que se mostrava sempre Confuso e estridente...
Faziam um belo espetáculo quando juntos, mas separados, um ou outro se sobressaia...
Então o espetáculo já não tinha mais tanta beleza, pois ali agora se faziam presentes faces dos egos de dois espetáculos da Natureza...
O Trovão na ânsia de presente se mostrar, intensificava sua presença sem tomar dimensão que trazia assim, a todos a sua volta, dor e destruição...
Enquanto a Chuva dando vazão a sua emoção, ela muito magoada com a surdez do Trovão em meio a enxurrada que caia, com mais intensidade sua beleza saia, gerava então tristeza terrível mesmo que inconsciente aqueles que outrora a achavam linda e sorridente...
Nessa dança da Magia, assim o espetáculo acontecia, por vezes intenso e radiante e por vezes destruidor e preocupante...
E assim pela eternidade sua união seguia, até que o Trovão para a Chuva mentiria, e dele a Chuva não quis mais saber para que seu sorriso pudesse aparecer, não queria condicionar a alegria dos seres que com ela eram felizes ao temperamento de destruição do confuso e cego Trovão.
A Chuva então se deu conta, que parceria ali nunca existiu, foi apenas convencida a ser coadjuvante de um Trovão a quem só interessava se destacar para ouvidos cansados mas que ainda assim apavorados o apreciavam por medo.
A Chuva ouvindo um ultimo estrondo com medo sofreu, e para o Trovão ela para sempre se recolheu.
O amor ali existia, pois a Chuva amava o escutar enquanto ela caia, mesmo que as vezes ele parecesse confuso e sem interesse, ela fazia de tudo para que a parceria acontecesse, diferente dele, que queria apenas o espetáculo de uma plateia muda e o bajular de uma ou outra criatura burra.
E Eles, apenas juntos eram tudo, e faziam um dos mais lindos espetáculos do mundo.