Um Conto de
uma Linda
História de
Um
Conto Real...
...Em um Tempo sem tempo, ou talvez com um tempo
diferente de outros tempos encontrava-se seu Senhor, Cênars, um
Ser de uma beleza sábia, de porte
astuto e cenho charmosamente franzido, o que combinava muito bem com a postura
austera que ele adorava manter entre um doce sorriso e uma piscadinha de olhos para Dwen, acontecimentos que poucos tinham o prazer de ver entre o farfalhar de sua
frondosa copa cor da Noite, com nuances de uma bela Lua Prateada, ou quando ele passava perto de um lago específico
adornado com a magia local, que com prazer refletia seu semblante. Sempre divagando estava ele, muitas vezes
gostava de fazer isso solitário e outras por horas aconselhava-se com seu irmão
Vento, e depois de um certo tempo pegou apreço e admiração por conversar com a Chuva, mas gostava de
manter apenas conversas mais descontraídas com essa ultima, uma vez que Dwen a
tinha como fiel amiga, e Cênars achava de bom grado não estar sempre na
conversa com ambas, uma vez que divertia-se imaginando – sem interferir – o
porque de Dwen dar risadas que ecoavam no Universo quando estava em contato com
sua grande amiga, ele sabia que Dwen esperava sempre ansiosa pelos dias de
visita da Chuva, para desfrutarem de uma boa conversa no chá das 19 horas, e
ele ria levemente com o canto da boca com o simples lampejo dessa lembrança. Dwen, era uma criatura ímpar,
quando feliz dançava, principalmente quando a Chuva avistava, farfalhava suas
folhas alegremente quando Cênars para ela cantava, nesse instante contam as
lendas que era possível ver arco-íris saindo de seus galhos em direção ao
universo, enquanto ela sorria timidamente de volta para sua Criatura Amada, quando um leve piscar de olhos ele para ela dava.
O Tempo passava lentamente para eles, de certa forma eles adoravam
isso, pois tinham tanto o que conversar, que todo o tempo no tempo deles nunca
era o suficiente, curtiam cada folha que se lançava ao Vento e tinham sempre
uma história para contar um ao outro, mesmo que fosse de um grão de areia que
mudou de lugar – sabiam ambos que aquele grão também era feito da mesma matéria
das estrelas, assim como eles e todos os outros Seres, em diferentes tempos e
universos, e que o mesmo certamente tinha uma história fascinante de sua
existência para ser contada, (certamente?
Sim) na verdade eles sabiam, inclusive, a história completa da trajetória
daquele grão e de tudo que existia, mas por vezes esqueciam - de propósito - ou
apenas a guardavam na Torre de suas Almas em um Fichário de Histórias ao
lado dos Fichários da Criação.
...Muito Cênars e Dwen já tinham vivido – eles não
sabiam de onde tinham vindo nos primórdios, mas sentiam de onde eram – e sabiam
que estavam ali antes de Tudo e antes do Nada – entendiam sobre todos os sentimentos
existentes em qualquer Plano já
criado, conheciam todas as sensações e sentimentos (principalmente de
felicidade e tristeza) mesmo que através de outros seres, bem como sabiam o que
significava cada dor de uma perda de qualquer ser existente.
Criaturas
de bem com a existência, Almas desbravadoras e inquietas, há muito tempo decidiram
ambos viajar pelos altos mundos e universos, pois ambos transbordavam
curiosidade pelo desenvolvimento daquilo que outrora criaram, saiam em lindas
aventuras, onde deliciavam-se um na companhia do outro, e a alegria de ambos
juntos era tão contagiante que todos os ambientes com eles presentes se
tornavam felizes e especiais, mal sabiam as criaturas presentes, que ali
estavam Seres Mágicos da Criação. Cênars sempre
chegava um pouco mais quieto, mas enganava-se quem achava que quieto ele permaneceria,
essa quietude em um tilintar de tempo se desfazia, logo que pensava em tirar
Dwen para dançar, isso sim era um evento incrível, os presentes não sabiam se
acompanhavam a dança ou se apenas admiravam tal beleza de acontecimento; e Dwen... Dela era difícil de falar, pois
se transmutava em pura emoção, virava em sorrisos e era o que todos viam o
tempo todo, qualquer lugar que ela fosse com Cênars. A presença deles enquanto
dançavam era o próprio encontro do Céu Negro Enluarado em festa com os Verdes
radiantes das árvores, banhados pelo Sol mais intenso alaranjado, ela sempre era a criatura mais alegre dos
locais, desde que ao lado Dele ela
estivesse.
Muito
ambos viajaram dimensões e tempos a fora, às vezes combinavam de irem para
diferentes lugares do universo, mas sempre deixando marcado o ponto e horário
de encontro para que Dwen pudesse descansar, já que ela nunca conseguia
aquietar-se se sua alma não estivesse sentindo a alma de Cênars – as vezes
estavam tão felizes contando histórias aos curiosos, que se perdiam por alguns
poucos bilhões de anos de distância um do outro, nada que Cênars
não pudesse resolver ao girar as engrenagens de seu relógio do tempo, e logo em
seguida ele fazia com que se reencontrassem, e claro... tratava rapidamente de –
no tempo dele – dar um abraço protetor em Dwen
para confortar o seu choro saudoso.
Em lugares que ambos não se
encontravam presentes, suas “presenças” não passavam em branco... Conta um famoso “Contador
de Histórias”, que se tornou
muito amigo de Cênars e Dwen, que muitas de suas histórias se dão ao fato que,
quando na presença de ambos, os mesmos farfalhavam seus galhos em uma alegria constante escutando as suas histórias
e contando as deles – mal sabendo eles que aquelas histórias que eles escutavam
do Contador, era só o próprio lembrando o que ouvira deles em outros mundos e
épocas, mas que ambos já não lembravam – por
querer, é claro- !
Continuando...
O Contador lembra que certa vez
ambos encontravam-se um pouco exauridos de tudo, mesmo que a magia não parasse
de acontecer em todos os confins dos Universos e Tempos, e como eles não
suportavam a rotina, decidiram ir viajar novamente, mas dessa vez sentindo que
seria mais por uma missão do que por diversão, e Cênars não queria que ninguém
soubesse, ele sentia algo em sua alma que o deixava apreensivo, mas não sabia o
que era, apenas conseguiu expressar uma espécie de dor e perda quando olhou no
fundo dos olhos de Dwen a beira do Lago das Almas – lugar onde juraram seu amor
- e nesse momento ele chorou, (ela sentiu doer a Alma, porque em seu íntimo
também sabia que em breve passariam por uma provação, mas achou melhor abraça-lo
carinhosamente e beijá-lo demoradamente) achava ele que coisas ruins
aconteceriam quando outros Seres soubessem de seu paradeiro com Dwen, mas ao
contrário dele, ela achava que quanto mais Seres soubessem, mais seguros eles
estariam e ficava triste em não poder compartilhar mais uma aventura ao lado de
seu amado Cênars com os amigos que fazia em todos os segundos de seu tempo existencial. Conta-se
então que Dwen deixou escapar para a amiga raposa, que ela e Cênars juntos
iriam ter uma nova e importante viagem, a raposa excitada com o que Dwen estava
“imaginando” para essa viagem (até um parafuso ficaria encantado ouvindo o
entusiasmo de Dwen), decidiu compartilhar
a alegria de sua grande amiga com todos da face do mundo em que viviam, porém
tristemente isso foi o fim da alegria de Dwen, pois Cênars sentiu-se desrespeitado
e um pouco afrontado, já que essa não era a primeira vez em sua infinita
existência que, contra sua vontade, os Seres queriam compartilhar com o mundo a
alegria de ter um Ser tão especial como ele em suas vidas, magoado então, ele decidiu
partir sem Dwen, (em seu coração sabia que essa era sua maneira de protegê-la,
já que o fato havia se espalhado, e ela era a parte da sua alma mais preciosa) não fora uma partida como as outras onde eles
de comum acordo saiam para confins diferentes e com tempo acordado se
encontrariam para dormirem com as almas abraçadas, fora uma partida brusca, com
duras palavras de ambos os lados, onde
antes de ir, ele e Dwen não abraçaram-se e nem tocaram-se em suas almas, apenas existiu o cenho fechado de Cênars e as tristes
palavras sobre a existência solitária que a partir do ocorrido agora iria ter, Dwen
desesperada pela separação de seu amado, cegou e não conseguiu ler a alma dele,
e junto a cegueira da confusão, palavras sem sentido verdadeiro proferiu e seus
galhos ela balançou desesperadamente em agonia, e em seu pranto sabia que ficando
um sem o outro a magia não existiria, então na ânsia de fazer Cênars voltar a
escutá-la movimentou-se violentamente, e em uma fração de tempo, sem querer um de seus galhos partiu bruscamente
e atingiu Cênars em cheio na sua Alma, lhe causando uma dor lacerante e
imediata, que o impediu de pensar, e em um triste reflexo, ao tirar o galho de
si ele o arremessou para trás “sem olhar” – pois não podia suportar a despedida
de sua amada, se olhasse mais uma vez em seus olhos, não partiria, mesmo que de
sua partida dependesse a sustentação do Pilares da Criação - e o galho atingiu
em cheio o coração de Dwen e ela sentiu
pela primeira vez a sensação de morte dos outros seres nela, e com o coração
sangrando, ela silenciou, e ao balbuciar suas ultimas palavras, sua enorme risada não saiu, e Cênars escutou apenas muito ao longe “Me
deixe...” e não podendo escutar o que seguiu e um breve sussurro: - “...você
sabe quem eu verdadeiramente sou e assim que me curar ei de te encontrar, pois
a magia não existe sem esperança e não existe esperança quando não temos um ao
outro” ...e em seus últimos momentos ela
olhou ele partindo, queria em seu íntimo, que ele olhasse para trás e viesse ao
seu encontro, que a abraçasse e ajustasse o relógio para o chá das 19hs, onde
ele com Dwen e a Chuva cantariam, dariam risadas e contariam as mais
hilariantes histórias, desfrutando de um bom palheiro, enquanto Dwen faria para
Cênars um suco de limão tão gostoso quanto o dele...”mas não aconteceu”, e em
um salto longo ele sumiu nas brumas...Dwen, então o entendeu, e o amou mais
ainda, e seus olhos fechou, tendo as costas de seu amado como a sua ultima imagem,
nesse instante o corpo que ela habitava pela primeira vez sem querer, ela
abandonou, e por um tempo sem tempo a sua luz se apagou.
Dwen
acordou em lugar estranho, tudo era Luz branca, não existia nenhum Ser, nenhum
ruído, nenhum movimento, e apesar dela sempre viver feliz em meio ao mágico e
colorido, ela sentiu algo bom, algo que
sua essência viveu, mas que essa sua nova realidade ainda não sabia explicar, aliás,
ela não sabia nem quem ela era naquele momento... Ao tentar se movimentar ela
notou que não se via, não tinha uma forma, eram apenas sensações, e por um tempo, que ela não soube
precisar, ela ficou em silêncio admirando a Luz do Nada.
E assim o tempo seguiu para
todos os Seres....e, passado certo tempo desse tempo, ela aos poucos foi se
recordando de boas sensações, que
“coincidentemente” aquele local trazia, e de acordo com que ela lembrava
das sensações, as cores do lugar mudavam e o inundavam em alegria, então
explosões cintilantes dos mais variados tons rajados de roxo e vermelho tomaram
o espaço por toda sua volta, ela então de Cênars lembrou e nessa fração de
pensamento as cores se juntaram formando uma espécie de flor, e de Dwen um
sorriso de alívio brotou, e agora uma forma etérea ela já possuía, e ela gargalhou de alegria, e do eco que se fez uma
imensa Estrela agora surgia, e ali a Estrela mais brilhante do Céu apareceu e
para Dwen seu abraço ofereceu, Dwen olhou em seus olhos e os últimos
acontecimentos vieram ao seu encontro, seu amado Cênars tinha partido, e por um
momento a flor Dwen não mais viu e a escuridão do Universo o local invadiu, a Estrela
prontamente a frente de Dwen se jogou e forte a abraçou, impedindo que o
desespero a sua alma chegasse e assim o destino dela e de Cênars novamente se devastasse...No
aconchego desse abraço Dwen lembrou o que eram lágrimas, ao sentir novamente um
abraço de proteção, e por Cênars, nos braços da Estrela, ela chorou, chorou por um tempo incompreensível, chorou tanto
que para cada lágrima nova, imensas e belas outras estrelas nasciam, e em seus
soluços Galáxias, nebulosas e vidas cresciam, sua sina chegava ser tristemente
engraçada, porque mesmo na dor ela vida
criava, mas nada sem Cênars fazia
sentido... A Estrela pacientemente os choros de Dwen escutou e palavras sábias
para ela falou, explicou que ela – a Estrela - não havia nascido naquele
instante, que sempre acompanhara ela e Cênars, contou que Cênars perdido também
estava, mas que não o culpasse, porque em sua dor, às vezes luz ele não via,
então ela em socorro dele antes de Dwen iria, mas que antes de Cênars, Dwen
precisava no local destinado chegar, pois deveria aprender muito dos costumes
do novo mundo e na sua Alma eles adotar, que esse mundo havia perdido a alegria
e que lá todos os Seres estavam abandonados e sem magia, que Seres que nem elas e Cênars naquele mundo
não existiam, mas que o propósito deles como os Criadores, também desse mundo, seria levar o bem e trazer esperança ao povo,
ela através de seu sorriso e ele através de suas palavras, e quando juntos suas
histórias contassem, encantariam aquele
cansado Planeta Azul, e magia ele começaria novamente ter, e assim
consequentemente todos a sua volta nela voltariam a crer...Deveriam estar
cientes que uma forma frágil e de material estranho assumiriam, que o tempo
passaria de forma diferente nesse novo planeta – apenas um sopro para o divino
- mas que a dor por palavras ali causadas dilacerava como espinhos de uma
roseira abandonada – mas essa dor acabaria, desde que a confiança fosse sempre
regada e um acreditasse no outro sempre - explicou que assumiriam o que
conheciam por forma humana e seus dons mágicos mais importantes seriam “Sonhar
e Acreditar” (principalmente um no outro), seriam iguais aos seres dominantes
do local, inclusive assumiriam suas personalidades e costumes, muitas vezes
perniciosos a sua alma e morada, nessa nova experiência e missão, por vezes
eles se sentiriam tristes e confusos e se cegariam por rancor, cólera e mágoas
passadas, mas que isso não é deles e sim da convivência em um local com energia tão densa...explicado isso a
Estrela olhou para Dwen, nos verdes olhos que somente ela via, como que
querendo saber se sentido isso para ela fazia, e após um meio sorriso triste de
Dwen confirmando, a Estrela então prosseguiu carinhosamente suas instruções, pacientemente explicou a Dwen que ela – a
Estrela - precisava ir agora para esse novo local para se preparar para receber
Cênars, e que a ele, ela ensinaria tudo que pudesse sobre o divino, humildade,
simplicidade, alegria e leveza, mas que infelizmente
na linguagem humana ela já tinha conhecimento que não seria permitido passar
pouco mais que 1% do que sabiam em sua
essência divina...Explicou que infelizmente o tempo dela com Cênars seria curto
pois não poderia se demorar visto que tem mais missões a cumprir, e a Criação
não pode parar, que ela e Dwen não
chegariam a se encontrar nesse novo planeta, pois as missões de ambas são
diferentes, mas Cênars contaria dela para Dwen de forma tão mágica e alegre,
que os três estariam de alguma forma quase sempre juntos... Pediu a Dwen que chegasse
alguns anos terrestres antes de Cênars para se preparar espiritualmente melhor para
quando o encontrá-lo. Disse que infelizmente eles não se lembrariam de sua
essência divina e nem do que viveram juntos até então, mas que quando se
encontrassem, seria o momento certo e que eles apenas sentiriam, pois eles mesmos
em determinado momento profetizariam esse reencontro quando já estivessem em
suas formas humanas, - sabia a Estrela que na verdade Dwen correria
sorridente em direção a Cênars a primeira vez que o avistasse e se lembraria do
amor por ele quando ele a abraçasse, mesmo que em um primeiro momento não
conseguisse suportar olhar em seus olhos, pois os olhos dos humanos são os
espelhos da alma, e Dwen e Cênars tinham almas antigas e intensas demais quando
juntos - Cênars continuaria do mesmo
jeito protetor, de espírito livre e aventureiro, um guerreiro adorador da Deusa
Diana – Essa que abençoava o Planeta Azul em diferentes ciclos- ele continuaria com o Dom de encantar a todos
com suas lindas histórias, faria isso de forma tão magistral que não teriam
como outros Seres mágicos não saberem que ali existia magia, e ele continuaria atraindo borboletas com sua
alma curandeira e sua Copa frondosamente Negra banhada com a Luz da Lua também
estaria aparente a todos humanos, mas somente o toque de Dwen em sua Copa faria
com que ele se rendesse. Explicou que Dwen teria a marca de seus galhos em seu
novo corpo e que de alguma forma o mundo
todo poderia enxergá-los também, assim como a marca das estrelas seguidoras da
Estrela mais brilhante, conhecidas como 3 irmãs: Mintaka, Alnilan e Alnitak, que
simbolizariam que Dwen continuaria sendo um dos principais pontos de ajuda para
quem perdido na noite da Alma se encontrasse – motivo pelo qual também Dwen
deveria chegar antes no Planeta Azul, tinha que guiar vários Seres antes de
encontrar Cênars - mas somente Cênars a reconheceria como sua amada Plantinha,
e quando juntos eles novamente estivessem a magia retornaria, as árvores
chorariam, as águas paradas se movimentariam na sua presença, o irmão Vento
viria ao chamado de Dwen, e a Chuva continuaria fazendo ambos muito felizes, e que
eles saberiam que, enfim, se
reencontraram, e todo planeta sentiria isso, de forma que a partir desse
encontro a magia retornaria bela e fascinante quando estivessem juntos, assim
como as gargalhadas de Dwen, assim como o cenho levemente franzido e charmoso de
Cênars, juntamente com suas lindas histórias e canções...Falou a Dwen com pesar, que infelizmente por muitas
vezes o ego humano vai tomar conta dos dois, e ambos sofreriam e se distanciariam, tentariam expulsar um da vida do outro, pois
juntos eles não são interessantes em um Planeta que optou por desacreditar em
magia, mas que nesse momento algo na alma iria lembrá-los que esses sentimentos
são destrutivos e que ambos já o experimentaram de alguma forma quando se viram
pela ultima vez, e a dor que isso gerou matou de alguma forma Dwen e jogou
Cênars no limbo...foi desnecessária, apenas se abracem e bocejem, bocejando
saberão que nada pode separá-los, uma vez que se acharam – Finalizando a
ESTRELA disse: - Esses sentimentos de dor são um grão de areia perto do que
você e Cênars tem um com o outro, o tempo nessa planeta será curto e vocês,
apesar de portadores da Essência Divina, serão humanos e infelizmente se
portarão como tal, poucos dons divinos nascerão com vocês, alguns vocês
aprenderão, como o dom de adivinhação através de cartas, outros vocês
despertarão e sentirão na alma, ensinarão muito um ao outro, apenas tenham fé em
vocês dois e no que sempre sentiram em qualquer época, e quando a dúvida
aparecer, deixem as almas se abraçarem com vocês dois em silêncio, não se
percam novamente, pois se vocês se perderem a magia para ambos cessará e o
planeta, juntamente com toda existência nenhuma chance mais terá, me prometa que
ensinará para ele que vocês dois sempre devem se perdoarem e olharem para trás
quando acharem que devem se deixar...Se quando divinos vocês se machucaram,
como humanos isso será parte do aprendizado, se escutem, conversem, dialoguem
sobre tudo, inclusive sobre as aflições que vão ir na alma de cada um, se respeitem
por admiração, nunca por medo, e quando o Ego falar mais alto, recolham-se e
renasçam um para o outro, sempre que preciso com um caloroso abraço de Almas...Dwen
olhou carinhosamente para a Estrela, entregou-lhe a essência da Flor rajada que
novamente brotou quando ela sorriu com esperança ao lembrar de Cênars, e se despedindo
antecipadamente disse: “-Prometo que
quando a voz da ignorância humana a ambos dominar, em meu silêncio irei me
calar, me retirarei da vida dele de modo que ele possa livre pensar, e que
passado a batalha de egos humanos nossas almas possam conversar, e quando os
olhos um no outro colocar, a dor de uma galhada na alma desaparecerá, pois o
que importará será a essência divina que novamente nos unirá – Sem ele não
existe esperança, sem esperança eu não existo, e se eu não existo... não existe
magia.” ouvindo isso, a Estrela abraçou carinhosamente Dwen mais uma vez, e
disse: - Diga isso a ele, e em noites de duvida e tristeza me procurem no céu!
Dito isso deixou o local onde ambas estavam, conhecido como os Pilares da
Criação, e partiu em direção ao Planeta Azul.
...Antes de
proferir suas ultimas palavras de até logo, o Contador de Histórias parou por
alguns segundos e ficou observando encantado os uivos que se seguiram ao final
de seu relato, onde uma linda alcateia de Lobos juntamente com uma pequena Fada
uivavam emocionados para a Lua...Ele ajeitou a camisa cuidadosamente, olhou
para o céu, retirou um cachimbo do bolso de sua calça e por um breve momento
esqueceu o que estava fazendo ali, soltou um sorriso de canto de boca e seguiu
seu caminho, desaparecendo nas Brumas, sabendo ele em sua Alma que a história
que contara, era apenas o inicio de mais aventura de Cênars e Dwen.
*Estrela
é o mentor dos Pilares da Criação junto
com Cênars e Dwen, guiou ambos mais jovens para que o Universo vivesse em
equilíbrio, e quando juntos eles estavam ela em paz ficava.
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